quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Psico, lógico.


Tem mais uma. Aquela hora difícil. Quando “mexe com o psicológico”.

Fico pensando o que seria “o psicológico”. Uma entidade que determina o estado emocional das pessoas, talvez?

“Estou com o psicológico abalado”.

Como que se fosse uma caixa ou um órgão da pessoa, este tal de “psicológico”. Um divã miniatura instalado dentro dela, a trabalhar?

Controlo minha reação quando escuto isso. A vontade é de pedir para conhecer este tal sujeito. Este substantivo.

Melhor mesmo é manter a calma.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Posso?

Quando vejo nas costas de alguém, num mercado, etc., a expressão “Posso ajudar?”, não tem jeito. Logo vem à cabeça a pergunta: Quem foi que escreveu?
Imagino a idiossincrasia que ocorre entre o autor da frase e o “carimbado”. O coitado não fez a pergunta, não quer ajudar e pergunta-se: “Como posso escapar desta?” (A pergunta dele seria esta, certo?)

É um compromisso sério, este. Ajudar. Como posso? É uma pergunta aberta. Suscita muitas respostas. Vai saber como as pessoas podem ser ajudadas... Complicado. Ainda tem o detalhe do fato de que a pessoa se esquece que tem uma pergunta escrita nas costas. Escrita pelas costas, eu diria. Será que ele leu a jaqueta antes de vestir? De repente vem alguém e diz que precisa de ajuda financeira, ou ajuda psicológica. Complicado.

Volto a me questionar: Quem escreveu aquilo?
Torna-se uma pergunta retórica. 

Não. Nunca iremos saber.