terça-feira, 28 de junho de 2011

É guerra!


Fico impressionado com a internet. Um segundo distraído e acabo lendo propaganda. Luzes piscando, bolinhas pulando. Agora mesmo me peguei olhando um pop-up da Mercedes: “Nova geração Classe C”. Caí desta vez, penso. Tinha uma luz parecendo um fantasma, de neon, esverdeada, rodeando o carro.

Porque é o seguinte: pop-up eu me recuso a olhar.
É uma guerrinha que travo, particular, contra esta invasão visual que sofremos. Abre aquele da Americanas e olho pro lado, apenas visando o “x” que  o fecha rapidamente, pensando “não vou olhar!”.

E quando você passa, distraído, o mouse, e se descortina uma imagem maior? Nossa, que raiva. É propaganda pra todo lado.

Não sou contra a propaganda. Sou contra a invasão.

Façam-se os anúncios, mas não precisa ser “criativo” a ponto de incomodar.

Ainda tem os que, quando você vai fechar, com o mouse perto, apagam sozinhos. Dá mais raiva ainda. Por isso não olho.

Sei que nunca saberão disso.  É uma guerra vã, esta minha.
Mas pra você eu precisava contar.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Black and White

Quando é que você mente?
Geralmente minto quando me colocam numa saia justa. Quando não quero ofender ou magoar uma pessoa. É o que minha mãe chamava de “mentira branca”. É a mentira do bem.

Isso não quer dizer que as mentiras podem ser coloridas – as vermelhas ou as pretas seriam as piores? Talvez uma roxa deixasse a pessoa com um sorriso amarelo.
Uma verde daria falsas esperanças?

Pior seria uma mentira que se diz transparente, não é mesmo?

As mentiras seriam catalogadas numa cartela, como aquela Pantone. Suvinil e Coral iriam protestar, dizendo que são de verdade.

Deixa quieto. O negócio é falar a verdade. Preto no branco, então.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Amor - versão do esportista


Começou num joguinho.

Ela sacava tudo, mas não contra-atacava. Retranca total. Pra falar a verdade, não dava bola mesmo.
Ele, cheio de firula, achava que a partida já estava ganha, mas só batia na trave. Não por falta de torcida, porque todos sabiam o que rolava.

Ele tentou numa sexta. Ela, Roland de rir, fazia seleção feminina. O maior problema era ele ser sub vinte. Achava que não daria jogo. Chegou a pensar que ele não jogava no time.

Mesmo assim ele remava, tentando de tudo. Um amigo judô, mas não muito. Era o crack. Ainda por cima ia ficar de vela. Qual seria a fórmula? Com seus Trucks, ele se mantinha no páreo, jogando. Poker não? Não tinha nada a perder.

Ia tentar, com seu stock de idéias, colocá-la na roda. Aquelas curvas... Iriam trocar o óleo um dia. O jogo iria virar, pois confiava no seu taco. 
Convidou-a para uma raclette na quadra. Ao menos daria samba, pensou. Seria radical.

E marcaram.

Ele foi em seu Golf para impressioná-la. Logo no primeiro lance da escada estava ele, esperando. Quando a viu não sentiu impedimento. Sentia falta, apenas. Ela também. Mas sem cobranças, os dois se beijaram calados. 
Estavam apaixonados, mas não queriam dar nenhuma bandeira.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Um pobre milionário

Smedley, o suicida

Mais uma da BBC.

“A emissora pública BBC transmitirá o suicídio assistido de um milionário hoteleiro britânico que foi para a clínica suíça Dignitas para morrer.”

Peter Smedley, de 71 anos, teve suicídio assistido na Suíça e a BBC filmou os últimos momentos dele para um documentário.

“O filme, que será exibido na próxima segunda-feira pela BBC com o título de "Choosing to die" (Escolhendo morrer, em inglês), não identifica Smedley pelo sobrenome. Ele sofria de transtorno neuromotor, diagnosticado havia dois anos.”

” Smedley convidou o diretor do documentário, a quem não conhecia pessoalmente, para acompanhar ele e sua esposa na clínica de Dignitas, onde bebeu o veneno que acabou com sua vida.”

Até onde eu sei, só quem pode decidir sobre nossas vidas é Deus. Parece-me que o suicídio é um assassinato da fé, na verdade.

Uma atitude de ansiedade, querendo adiantar os fatos. Um desperdício de vida, algo que tantos lutam para manter a qualquer custo, sob qualquer circunstância, em qualquer condição.

Talvez o fato de o suicida, neste caso, ser um milionário, tenha sido a vontade de comprar, adiantadamente, também, a própria morte.

Não um espaço ao lado de Deus.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Isto é um aplique! Passe o cabelo!


“No incidente mais recente, em Atlanta, na Georgia, ladrões dirigiram um veículo contra a porta de uma loja que vende cabelos para salões da cidade e escaparam com material avaliado em US$ 10 mil.”

Cada chumaço deste “produto” pode valer milhares de dólares, segundo a BBC Brasil. São os apliques de cabelo, com perdão pelo trocadilho, que são objeto de desejo, que estão dando nos “apliques” por aí.

"Cabelo de qualidade é muito caro por conta da demanda, mas (colocar apliques) está se tornando quase uma droga. As pessoas precisam daquilo."
Uma notícia dessas deixa a gente de cabelo em pé ou com as mãos na cabeça, se bobear.

O negócio é cortar bem curtinho mesmo. Máquina um.

Vou correndo pro barbeiro.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Eu to voltando


Se fossem somar os quilômetros que já corri nesta minha vida, seria bastante. No calor, no frio, na chuva até. Esteira também.
É um desligar-se do mundo que se transforma em concentração. Quase um transe.

O corpo age sozinho, movimentos involuntários. Fones de ouvido tocando e vai-se embora. Unplugged.

Os problemas desaparecem, a tarefa descansa a mente. Metabolismo acelera.
Estou voltando a correr.
Vida entra nas veias.
Estou voltando a correr.
Viva! Vivo!

O cenário