sexta-feira, 10 de junho de 2011

Amor - versão do esportista


Começou num joguinho.

Ela sacava tudo, mas não contra-atacava. Retranca total. Pra falar a verdade, não dava bola mesmo.
Ele, cheio de firula, achava que a partida já estava ganha, mas só batia na trave. Não por falta de torcida, porque todos sabiam o que rolava.

Ele tentou numa sexta. Ela, Roland de rir, fazia seleção feminina. O maior problema era ele ser sub vinte. Achava que não daria jogo. Chegou a pensar que ele não jogava no time.

Mesmo assim ele remava, tentando de tudo. Um amigo judô, mas não muito. Era o crack. Ainda por cima ia ficar de vela. Qual seria a fórmula? Com seus Trucks, ele se mantinha no páreo, jogando. Poker não? Não tinha nada a perder.

Ia tentar, com seu stock de idéias, colocá-la na roda. Aquelas curvas... Iriam trocar o óleo um dia. O jogo iria virar, pois confiava no seu taco. 
Convidou-a para uma raclette na quadra. Ao menos daria samba, pensou. Seria radical.

E marcaram.

Ele foi em seu Golf para impressioná-la. Logo no primeiro lance da escada estava ele, esperando. Quando a viu não sentiu impedimento. Sentia falta, apenas. Ela também. Mas sem cobranças, os dois se beijaram calados. 
Estavam apaixonados, mas não queriam dar nenhuma bandeira.

3 comentários: