segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Como num filme


Ontem eu vi O náufrago, com Tom Hanks. De novo. Mais uma vez e não me canso.
De poucos diálogos, um filme que me chamou atenção. Não incomoda a propaganda da Fedex ou da Wilson. Foram incorporadas ao enredo muito bem, a meu ver.
É uma ode à ausência de poder. Deixa nu o ser humano. Literalmente.
Como dizem, tudo pode mudar em apenas alguns minutos. Segundos.
A convivência consigo mesmo e as descobertas, tanto na ausência como na abundância de recursos, numa busca por um amanhã diferente, pode ensinar alguns valores. Pode parecer clichê. Talvez até seja mesmo um clichê. Mas é a pura verdade.
A solidão ensina.
Quando ele volta à civilização e se depara com a mesa farta de frutos do mar, sushi, sashimi, sua única comida neste “exílio” de quatro anos em que viveu, e com um isqueiro - o fogo, tão fácil, à mão... O filme faz refletir.
Ele viveu cada dia em busca de “continuar respirando”, apenas respirando, alimentado pelo amor que sentia por alguém que esperava um dia encontrar. E, no final, o desencontro.
Este sobrevivente, que faz a jangada, lança-se ao mar e vence, foi muito além de seus desígnios.
E, como num feliz filme triste, acabou surpreendendo o seu próprio destino.