sábado, 28 de maio de 2011

Mundo que muda. Mundo mudado, muda muito.



Pra quem não vive aqui.

Tento lembrar aos que vivem fora. Relembrar, na verdade.
Aqui tem feijoada, pessoal. Vatapá: peixe, frango, leite de côco, azeite de dendê, camarão, castanha de caju... vai vendo...

Aqui tem água de côco, tem filé mignon a dez dólares o quilo. Acredita? Pois tem. Este Brasil com “s” aqui, com “z” aí.

As coisas ficaram baratas, o país está crescendo. Taxa de desemprego abaixo de cinco por cento, pessoal. A gente está vencendo.

Nós, com China e índia, quem diria, estamos despontando neste alvorecer. Seja você ou não um investidor, veja esta metamorfose, este fenômeno.

Os carrinhos e carrões chineses invadindo o mercado. Recebemos telefonemas de indianos, num telemarketing internacional trans-oceânico.

Este mundo em mudança. Muda, mundo. Muda.

Muda mesmo. 

Nós é que mudamos você.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Outono/Inverno, pessoal! Vamos aproveitar?




Nossa, como é boa esta época do ano. O céu azul todos os dias. Aquele sol maravilhoso e o frio que permite roupas mais legais. Permite fogo. É muito bom.

Quase não chove e o tempo seco nas folhas caindo da árvore em frente à minha casa se harmonizando com o barulho crocante delas, das folhas, sem fim.


O dia curto, frio. Macarronada. Bebida quente e chocolate.
A grande diferença é que o frio eu controlo. O calor não. Posso combater o frio com o agasalho. No calor não posso instalar um ar condicionado à minha volta, na rua. O frio é mais higiênico.

Por mim o ano só teria outono e inverno. 

Você dirá: mude-se para um país com este clima.


Não, não. Só me deixe aproveitar aqui.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Onde "nóis vai" assim?

"Nóis pega o peixe."

Se em algumas regiões se fala assim, não podemos admitir que isso seja certo.

Seria como que se aceitássemos que uma mentira repetida muitas vezes se tornasse verdade.
Só existe um certo. Meio certo é diferente do certo.

Seria como que se muitos imaginam que uma superstição é verdadeira esta transformar-se-á em verdade.
Não se pode negar a verdade por existir muitas pessoas a negando.

Por outro lado, se um dia se provar que dar três pulinhos vai nos ajudar realmente a chegar a algum lugar, que se transforme em realidade. Não podemos impor outra realidade além da realidade.

Isto é: se “nóis vai” se transformar na realidade da língua portuguesa, que se mudem as regras para o Brasil todo, e “nóis vai”, todos juntos, sei lá pra onde, e não separadamente, conforme cada lugar.

A língua é uma só para todos. Não se vai passar num concurso público com o maluco e endoidado “nois vai”.

É uma afronta aos que estudam. É um convite ao preconceito, à diferença e à Torre de Babel.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Admirável Mundo Novo

Vejam vocês que estou com mania de falar em ciência. Um planeta habitável. Características da Terra, ou, “que tem as características mais importantes e necessárias para ser considerado habitável”. Fora do Sistema Solar.

Vendo na foto, “as partes azuis mostram áreas mais frias e as vermelhas, mais quentes; as setas são os ventos que tornam o planeta quente e úmido.Ele gira ao redor da estrela-anã Gliese 581”.

Veja você. Uma estrela anã como nosso próximo centro de gravidade?

Vamos pensando em quem queremos levar. Quero o lado azul, hein? Acho que vou comprar um cachorro para esta mudança. 

O mundo ficou pequeno, pessoal.

Vamos chamar de mundo o Universo. Depois, sei lá... Não estarei aqui... Será?

Como dizia Ibrahim Sued, colunista brega e engraçado que existia,

“Ademã, Perriferria”.

Porquê ademã tem mais.

Meu tio Domingão

Caminhonete muito parecida

Marido da Mariinha, este era o nosso amigo Domingão. De todos os tios, considero-me com ele o mais parecido. Era o tio do sítio, dos cavalos, matador de cobras, plantador de cana, uva e figo, quebrador de pedra para paralelepípedos. Pai do Renato e da Paola.

Naquele sítio da infância, da sede, ele assoviava sempre o mesmo assovio e eles obedeciam, mesmo de longe, ao pai.
Aquela caminhonete azul com a caçamba aberta, onde nos levava no clube de campo de Valinhos para nadar naquela piscina e pular do trampolim. Jogar tamborel.

Ele era briguento, vivia batendo em todo mundo nas suas épicas brigas, comentadas em toda família. Jogador de basquete ganhou um título de sócio do clube Pinheiros por conta disso.

Sempre muito sincero, este Domingão. A pessoa mais simples da família. E talvez o mais rico em muitos sentidos. Saúde de um touro. Humor que é só dele. Tenho escrúpulos em falar de uma pessoa de quem às vezes me sinto um filho, de tão parecido. Oitenta e um anos. Saúde pura. Este é o Domingão, herói do dia.
Força total? É o Domingão.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Xixi - uma saga



Imagine-se chegando num restaurante temático, louco para fazer xixi.
De repente se depara com as duas portas do banheiro, e, apertado, não consegue entender os desenhos que estão em cada porta. Eles precisam de “interpretação”. E você lá. Apertado

Ou ainda quando, num bar ou algo assim, como a Rosima da Pamplona. O banheiro era no prédio ao lado. Eram 3 chaves. Uma para o portão, outra para outro portão e mais uma para um “apartamento” deles, "segunda porta à esquenda, depois de subir uma escada, lá". Imagine-se apertado.

Mas a situação campeã mesmo é quando te dão um chaveiro desconcertante, daqueles gigantes. Parece que é um tipo de vingancinha do dono do local, que, apesar da alegação de que não quer que você perca a chave, no fundo está pensando: “Ah, é? Quer usar meu banheiro? Então todo mundo vai saber...”

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Amor - versão do banqueiro


Ele voltava ao mercado.  Depois de uma relação em crise não queria especulação. Só aceitaria um encaixe técnico perfeito. Ele estava vendido, apesar de sua posição.  Com seu FINSOCIAL, sabia quais eram os COFINS de sua existência.

Morava num Fundo de Pensão ajeitadinho, mas preferia receber uma cotação mais alta, mesmo não tendo Hot Money.

Em seu carrinho, mudando de câmbio, imaginava... Sua prometida dando a letra... Seria seu Tesouro Nacional. Por ela liquidaria seu tão valorizado título, sem pensar se ia lucrar com isso. Mas na verdade não era muito de boas ações, admitia.

Um pouco inseguro, pensava: “Usando bolsa... À vista... To comprando.” Ele sabia que assim poderia sofrer uma maxidesvalorização, mas não se importava. Procuraria em todas as capitais. Era o mercado futuro.

Finalmente ela apareceu. Era promissória. 
Pensou: Esta Vale. Fará Doce?
Estava sentada na praça, no banco central, contando suas notas depois de comprar sorvete. Ele pensou nas opções. Se teria crédito, pois tinha um perfil de risco, sabia. Ela era apenas uma pessoa física, mas que física! Isto preocupava, pela falta de paridade.

Finalmente ele disse: - PIS... Ei, PIS...
Ela olhou. Queria uma conversa privatizada. Ele ia às RAIS da loucura. Sentiu uma volatilidade no estômago. Percebia que com ela teria uma razão social definida. Que ela faria as melhores receitas sem dar muitas despesas. Foram caminhando até um dos balancetes, sorrindo e negociando. Disse a ela sobre sua renda fixa no emprego.

Parecia que iriam se entender, sim.

Começaram os juros de amor. Seria over night, a conversa.

Depois de alguns ajustes, lá chegou o fiscal. Um guardinha da região.

“-Vou investir na relação”, pensou, e, com muita Cautela, falou naquele certificado.

Na praça, apaixonados à primeira vista, ficaram em frente ao mercado, até seu fechamento, vendo que o que sentiam já tinha valor.