Caminhonete muito parecida |
Marido da Mariinha, este era o nosso amigo Domingão. De todos os tios, considero-me com ele o mais parecido. Era o tio do sítio, dos cavalos, matador de cobras, plantador de cana, uva e figo, quebrador de pedra para paralelepípedos. Pai do Renato e da Paola.
Naquele sítio da infância, da sede, ele assoviava sempre o mesmo assovio e eles obedeciam, mesmo de longe, ao pai.
Aquela caminhonete azul com a caçamba aberta, onde nos levava no clube de campo de Valinhos para nadar naquela piscina e pular do trampolim. Jogar tamborel.
Ele era briguento, vivia batendo em todo mundo nas suas épicas brigas, comentadas em toda família. Jogador de basquete ganhou um título de sócio do clube Pinheiros por conta disso.
Sempre muito sincero, este Domingão. A pessoa mais simples da família. E talvez o mais rico em muitos sentidos. Saúde de um touro. Humor que é só dele. Tenho escrúpulos em falar de uma pessoa de quem às vezes me sinto um filho, de tão parecido. Oitenta e um anos. Saúde pura. Este é o Domingão, herói do dia.
Força total? É o Domingão.
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