Ele voltava ao mercado. Depois de uma relação em crise não queria especulação. Só aceitaria um encaixe técnico perfeito. Ele estava vendido, apesar de sua posição. Com seu FINSOCIAL, sabia quais eram os COFINS de sua existência.
Morava num Fundo de Pensão ajeitadinho, mas preferia receber uma cotação mais alta, mesmo não tendo Hot Money.
Em seu carrinho, mudando de câmbio, imaginava... Sua prometida dando a letra... Seria seu Tesouro Nacional. Por ela liquidaria seu tão valorizado título, sem pensar se ia lucrar com isso. Mas na verdade não era muito de boas ações, admitia.
Um pouco inseguro, pensava: “Usando bolsa... À vista... To comprando.” Ele sabia que assim poderia sofrer uma maxidesvalorização, mas não se importava. Procuraria em todas as capitais. Era o mercado futuro.
Finalmente ela apareceu. Era promissória.
Pensou: Esta Vale. Fará Doce?
Estava sentada na praça, no banco central, contando suas notas depois de comprar sorvete. Ele pensou nas opções. Se teria crédito, pois tinha um perfil de risco, sabia. Ela era apenas uma pessoa física, mas que física! Isto preocupava, pela falta de paridade.
Finalmente ele disse: - PIS... Ei, PIS...
Ela olhou. Queria uma conversa privatizada. Ele ia às RAIS da loucura. Sentiu uma volatilidade no estômago. Percebia que com ela teria uma razão social definida. Que ela faria as melhores receitas sem dar muitas despesas. Foram caminhando até um dos balancetes, sorrindo e negociando. Disse a ela sobre sua renda fixa no emprego.
Parecia que iriam se entender, sim.
Começaram os juros de amor. Seria over night, a conversa.
Depois de alguns ajustes, lá chegou o fiscal. Um guardinha da região.
“-Vou investir na relação”, pensou, e, com muita Cautela, falou naquele certificado.
Na praça, apaixonados à primeira vista, ficaram em frente ao mercado, até seu fechamento, vendo que o que sentiam já tinha valor.
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