quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Mais uma sessão



Tomada aérea noturna, sobrevoando os prédios de Nova Iorque. Aqueles com janela de vidro espelhado. Os carros passando nas avenidas e ruas lá embaixo. Os créditos com os nomes dos artistas. Está começando.
Pode ter certeza, você está vendo um filme americano.

Quando o começo é de uma família perfeita, num dia perfeito, se divertindo, você pode saber: vai dar merda. Vai rolar acidente ou algum bandido vai querer estragar tudo. Este começo já te dá toda a pista. Filme americano.

Lá no meio aparece a tomada do avião. Sempre tem um avião nestes filmes.
Se der jeito de encaixar um tribunalzinho, - "No further questions, your honor!" - pode ter certeza que vai rolar. 

Tem o cara deixando uma nota sem esperar o troco, no bar onde ele bebeu uma dose cowboy, chamando o barman pelo nome, é lógico.

Ainda tem aquela briga de sempre no final, onde o mocinho apanha muito, mas muito mesmo. Mas de repente ele vira a briga, e, com três socos, desacorda o bandido. Ou pior ainda, o mata. Com aquele revólver que caía da mão de um para a do outro toda hora na briga. 

Daí chega a polícia, sempre atrasada, que deduz e entende tudo que aconteceu, que, por conta própria julga a situação e não prende o mocinho, que cometeu um homicídio, imagine.
Não tem flagrante no filme, quando se mata bandido.

E, pra terminar, como em todo bom filme americano, alguém faz um discurso pra um monte de gente. 
A multidão aplaude. São as palmas do final.

Muitas palmas, pessoal. Vamos ver a bilheteria.

sábado, 18 de agosto de 2012

É o canal

Nós, adultos, somos quase obrigados.
Crianças! Fujam da sala!
O ser humano é pequeno demais. Não cresçam, por favor.
A gente, que tem canais fechados, sofre e se desconcerta.
De repente, do nada, trocando o canal, você se depara com uma “ginástica  rítmica” muito cafona de uma moça querendo mostrar a bunda de forma “criativa”.
Isso depois de você ter comido uma carne moída com risoto de aspargos. Ou antes. Pior ainda.
Cada vez mais somos invadidos por gente “muito sensual” se mostrando de graça, querendo ser criativa, repito.
Fica um campo minado procurar o que assistir na televisão.
Virei Nelson Rodrigues e não sei.
 Boa noite pra todos. Vou trocar de canal.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Pare

Imagem: F5
Está na Folha on line:

“Uma mulher chinesa encontrou uma maneira bem original para mudar o trânsito perto de casa. De acordo com o "Huffington Post", ela estava cansada dos motoristas que passavam em alta velocidade em um cruzamento e os guardas de trânsito não a ajudaram. Desta forma, ao invés de conseguir uma placa, ela amarrou uma boneca inflável em uma árvore perto da calçada.”.

A ideia é interessante. Uma boneca de biquíni dando tchauzinho no meio da rua. Só não iria funcionar muito nas cidades do litoral, onde se circula assim por todo lugar, mas em cidades como São Paulo, iria muito bem.

Teriam que dar banho nela de vez em quando, porque senão ficaria com cara de mendicante, o que não interessa a ninguém olhar. Um batonzinho, um perfuminho talvez. Um penteado para agradar.

Quem sabe mudar o biquini às vezes também não seria legal. Alguma marca poderia patrocinar, porque hoje em dia a propaganda não deixa nada escapar.

Iriam colocar uma cerveja na mão dela. A Brahma iria adorar.
Com sandália Havaiana e um bom protetor solar, ela faria o trânsito parar.

Até mulher iria se candidatar.