terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Eu, tu, ele


Caso existissem universos paralelos. Vários caminhos que percorrêssemos com diferentes destinos. Quem me garantiria que estou no universo principal? Seria eu um eu errado? Não o eu que iria mesmo “valer”? Quem decidiria? Será que estou valendo? Onde mais é que eu iria parar?
Lá no fim da vida passando um filme onde aparecessem todas as opções, universo por universo, e algum eu desses, que eu seria, resolvendo o eu que se deu melhor, se comportou melhor, foi mais “verde”, ético... Seriam fins de vida diferentes.
Cada decisão diferente descortinando um novo universo paralelo e mil destinos se configurando. Como agora, por exemplo, em vez de continuar escrevendo, decidisse guiar até Ubatuba, no meio da noite, e descobrir o universo que me aguarda lá. Será que um desses meus eus foi agora? Fiquei eu escrevendo?
Se minha mãe não tivesse dado bola para o meu pai. Se você não estivesse aqui, agora. Estaríamos nós em qual deles? Juntos ou separados?
Seria algo como um múltiplo livre arbítrio simultâneo. Você se encontrando consigo mesmo se os universos se cruzassem. Comparando-se consigo mesmo, talvez.

Uma certa confusão na própria identidade, não é mesmo?

Mudei de idéia. Hoje não teve crônica.
Não está mais aqui quem falou.

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