sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Aproveite!

Aquelas letrinhas miúdas que aparecem e somem em menos de um segundo, nos comerciais, me matam. Ninguém consegue ler o que dizem. Portanto acabei deduzindo, levando em conta o que acontece na realidade.

As grandes:  
12 PARCELAS IGUAIS DE...;
e as miúdas, explicando:
Use nosso carnê! Você vai pagar quase o dobro do preço! Hahaha!
FRETE GRÁTIS!
Só não espere que a entrega seja rápida! Nossos entregadores pedem gorjeta!
PROMOÇÃO!
Não se engane! A gente está sem vender e precisa desovar produtos!
UM ANO DE GASOLINA GRÁTIS!
Hahaha! Está embutida no preço do veículo! Na verdade é por sua conta!
GARANTIA DE UM ANO!
Os problemas começam depois de um ano, aí a gente não cobre nada! Hahaha!
ASSISTÊNCIA TÉCNICA 24H!
Os atendentes são temperamentais! Cuidado!

No final, em mais meio segundo:

*Tudo que anunciamos aqui é mentira. Reservamos-nos o direito de mentir à vontade. Achamos que todo mundo é bobo e só nós podemos lucrar. Neste mundo só tem otário. Legal mesmo é prometer e não cumprir porque neste país ninguém vai preso mesmo. Viva a burocracia que nos protege de tudo que fazemos de errado. E viva a democracia! 
Hahaha!


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A conta, por favor.

Dia 25 acaba. É cada um por si na hora de empacotar as compras nos supermercados. Não terá mais sacolas de plástico “gratuitas” (é lógico que seu custo está embutido nos preços dos produtos, mas tudo bem, vamos nos enganar). Ultimamente os caixas vêm oferecendo “oportunidades” para comprarmos sacolas retornáveis.
Não sou especialista, pelo pouco que conheço do código do consumidor, o estabelecimento tem a obrigação de fornecer embalagens para se transportar o que se compra lá. Traduzindo: este problema é deles.
Mas tudo bem.
Somos viciados em sacolas. Lógico que isto precisa mudar. Não é possível que se use tanto plástico. Sem controle no descarte, piorou.
As perguntas que não querem calar são: A solução terá que ser dada por quem compra? Será que esta postura “ecológica” não é apenas um disfarce para que os supermercados façam mais economia e transfiram uma responsabilidade que é deles? Eles estão lucrando pouco? É isto?
A luz no fim do túnel é a idéia de se fazer sacolas biodegradáveis, com propaganda para patrociná-las. Decomposição em menos de um ano. O plástico demora 400 para “evaporar”.
Neste jogo de empurra não pode sobrar para a Natureza, esta conta.
Só não devemos sair sem pagar.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

BBB: Tough Reality (Dura Realidade)


O problema foi se o cara fez sexo com a mulher dormindo. Caso eles estivessem transando "normalmente" não teria nada de errado. É isso?
Eles colocam todo mundo pelado dentro de uma casa, dão pinga pra turma beber e depois ficam, sóbrios, julgando e rebobinando a fita. É o pouco que sei desta história. O cara tava mamadasso. Isso pode. Eles estavam se esfregando. Isso pode. Tudo sendo filmado também pode. De repente ela dorme e o cara continua. Isso não pode. Pára tudo. Isso não pode.
Nessa história onde ninguém tem moral, fica até engraçado falar-se que “Ele excedeu os limites.”. Na verdade não existem limites. Até pegar mal.
Daí vem a polícia. Ficam assistindo ao replay pra saber se foi impedimento ou se a bola entrou. Se ela “deixou” entrar.
Tá tudo errado. Virou canal adulto, gente. Tinha que ter senha para poder sintonizar.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Mulheres... Ri, quase.


Caminhar sobre a brasa, com o controle remoto na mão.
É assim que me sinto neste começo de ano, quando esbarro na TV aberta. Passos rápidos, para não fritar meu cérebro com Mulheres ricas, Big brother...
Vamos relevar as novelas. Vamos relevar. Coitadinhas. Hoje em dia quase inofensivas.
Sobre o segundo não preciso nem tecer comentários. 
Virou Big Mac. Sempre igual mesmo.
Mulheres ricas é o tipo de passo demorado que dou para autoflagelo.
Uma heresia, infâmia total. As figuras se arriscando neste papel, nesta exposição, são um misto de falta de gosto com vontade de mostrar o que têm, acabando por mostrar o que não têm.
Não se compra cultura. Não se compra educação. O pior: Nem se quer comprar.
Mais do que isto, expõe-nos, todos os seres humanos, seus “iguais”. Dá vontade de avisar, mandar esconder das crianças, dos adultos, de você, de mim mesmo.
Vergonha alheia, pessoal.

Sinto uma facada no baço, quando ouço ’Varinha de “cordão”’, no lugar de condão, saindo da boca de um destes seres. Neste momento me recordo que só o autoflagelo provoca este prazer masoquista: 
“- Olha pra isso...”

Quando ia rir vi a vida dos empregados que as rodeiam. Nesta hora tudo perdeu a graça:

Eles não podem trocar de canal.