terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Mulheres... Ri, quase.


Caminhar sobre a brasa, com o controle remoto na mão.
É assim que me sinto neste começo de ano, quando esbarro na TV aberta. Passos rápidos, para não fritar meu cérebro com Mulheres ricas, Big brother...
Vamos relevar as novelas. Vamos relevar. Coitadinhas. Hoje em dia quase inofensivas.
Sobre o segundo não preciso nem tecer comentários. 
Virou Big Mac. Sempre igual mesmo.
Mulheres ricas é o tipo de passo demorado que dou para autoflagelo.
Uma heresia, infâmia total. As figuras se arriscando neste papel, nesta exposição, são um misto de falta de gosto com vontade de mostrar o que têm, acabando por mostrar o que não têm.
Não se compra cultura. Não se compra educação. O pior: Nem se quer comprar.
Mais do que isto, expõe-nos, todos os seres humanos, seus “iguais”. Dá vontade de avisar, mandar esconder das crianças, dos adultos, de você, de mim mesmo.
Vergonha alheia, pessoal.

Sinto uma facada no baço, quando ouço ’Varinha de “cordão”’, no lugar de condão, saindo da boca de um destes seres. Neste momento me recordo que só o autoflagelo provoca este prazer masoquista: 
“- Olha pra isso...”

Quando ia rir vi a vida dos empregados que as rodeiam. Nesta hora tudo perdeu a graça:

Eles não podem trocar de canal.

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