007 a domicílio. É o que nos reservou o futuro. Uma
maquininha dentro de nossa própria casa que diz tudo sobre a vida da gente, com
a nossa contribuição. Agora acabo de ver uma notícia no Estadão dizendo que a Rússia
está voltando à máquina de escrever para evitar espionagem.
Numa época em que o vinil tomou força novamente pela sua
qualidade de reprodução ser reconhecida como melhor que a do CD. Numa época em
que só se fala em andar de bicicleta.
Estamos voltando às origens. Na
Exame eu leio que nova pesquisa sugere que o aumento de CO2 na atmosfera tem
ajudado a impulsionar o crescimento da vegetação em
regiões áridas. O deserto virando savana. É o que diz lá.
Enquanto escrevo me policio para não escrever
nada comprometedor, porque hoje em dia também precisamos tomar cuidado para não
sermos processados. “Politicamente correto”.
Falando em política, se é que não estarei
violando alguma lei ou etiqueta atual, chegamos ao ponto de gritar cada um uma
coisa, querendo reivindicar tudo que desejamos.
007 a domicílio. O delivery de informação às
avessas, nos ajuda a “evoluir” mais um pouco para o bico de pena em pergaminhos
ou coisa que o valha.
Logo evoluiremos o bastante para se ter
carruagem na porta com cocheiro particular. E os artistas voltarão a saber porque desejam merda uns aos outros na estréia de seus espetáculos: muita merda de cavalo na porta do teatro será novamente sinal de casa cheia.
Preciso desligar. É o FBI batendo à minha porta.
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