sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A idéia de falar sobre a idéia


Eu estava pensando. Interessante saber que as palavras que escrevo passeiam por dentro de outras cabeças. Que elas ficam aí, um tempo, em seus pensamentos. Coloco as letras, juntinhas, no que eu inventar. Agora entram na sua cabeça. Você nem imagina, mas depois desta última palavra, o papel está em branco. E vou preenchendo o branco que você não vê. Isto não entra na sua cabeça. Quando entra, já está tudo pronto. Olhe este texto de longe: É um monte de letras juntas, apenas. Imagine você que já estará resolvido, quando entrar.

A sensação, de quem cria, é de liberdade. Sensação de ir entrando nas mentes, mas sempre com respeito. E saber que entram e saem. Depois, em outras crônicas, revisitam as mesmas mentes. E as visitas são bem vindas. São bem recebidas.
As idéias vão passeando aí dentro e não me sinto sozinho. Talvez com elas você também não se sinta assim. Sinto como que se você estivesse aqui comigo enquanto atravesso o processo criativo, falando comigo sobre a idéia de falar sobre a idéia. Daí me recordo que título, só coloco depois do texto pronto, se é isso que irá se perguntar.

E a idéia sai daqui e vai entrando aí. As palavras chegando a você. Tenhamos ou não intimidade. Seus olhos recolhem o que escrevo, lhe entrego.
Em saber que faço esta visita, agradeço a hospitalidade mental que recebo. Fico aqui, com este quebra-cabeças, que é o alfabeto, apertando teclas, juntando caracteres, a princípio sem nexo, para lhe entregar tudo junto, ordenado, nesta aparente ordem que aqui se apresenta. É um fenômeno que me agrada, este de oferecer. Dá prazer saber que, neste e em outros momentos, estamos, eu e minhas palavras, ocupando um espaço em você.

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