terça-feira, 31 de julho de 2012

Bomba! Bomba!


Imagens: Folha / Fotos: Gilberto Travesso

Nós, aqui, tupiniquins, ingênuos - fora o pessoal lá do planalto, sabe? – não podemos nos imaginar tão “evoluídos” ao ponto de querer travar guerra santa ou coisa assim. Destruir ou matar sem nenhum motivo, por exemplo.

Nós, mais atrasados, matamos para ganhar dinheiro, comer, ou por algum objetivo definido.

Nós não nos fantasiamos de Coringa, Valete, Dama de paus, etc., e compramos 6 mil balas para sair detonando gente inocente por aí.

Nós não somos idealistas, é verdade.
Mas pra que serve o idealismo?
Isso não acaba em radicalismo?
Pois é. Acaba.
Ou começa, sei lá.

Bom, pra nós, relembrando, isso não interessa mesmo.
Nós aqui somos pacatos, somos um povo "diferente".

O engraçado é colocar estas imagens logo acima num contexto diferente.

Aqui nós damos uma ajuda. Paramos no sinal e damos umas moedas, não é?

” O baiano Adailson Barbosa dos Santos, 40, trabalha com ferragens e mora há mais de dez anos no Jardim Helena, zona leste de São Paulo. Nas ruas do bairro, ele procura lugares inusitados para mostrar a ‘arte’ do equilibrismo. Adailson passeia com sua bicicleta em meio ao caótico trânsito da avenida Marechal Tito,  transportando sobre a cabeça um botijão de gás vazio. ‘Faço isto para mostrar minha arte e ser reconhecido por todos pelo que faço de melhor’, diz Santos.”

No Oriente Médio, sei lá. Nos EUA, também.

Esta aparente ameaça é o Homem-bomba brasileiro.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Pouco Shampoo

Foto: Uol Notícias
Eu lia no Uol Tablóide:
William McKee, engenheiro de software no Vale do Silício, tinha um problema que o incomodava: a calvície.
Resolveu então , numa farmácia on line da Índia, comprar uma versão genérica do medicamento Finasterida. 
“O engenheiro alega que depois que começou a tomar o remédio, sua vida mudou. Os seios começaram 
a aparecer, seu corpo começou a ficar feminino e sua orientação sexual mudou. McKee agora se sentia 
atraído por homens e sentia uma vontade louca de se vestir como mulher.”
Ele, depois disso, começou a usar uma peruca loira, vestidos curtos e maquiagem, e responde pelo nome
de “Mandi”.
Ele não pode processar a Merck, por ter efetuado a compra via Internet.
O que chama atenção nisso tudo não é o fato da transformação toda ter ocorrido.

Engraçado mesmo é o fato de ele estar usando peruca.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Histórias do Benga – 5, Cabra!


Éramos eu, o João, o Cadú, o Peninha, o Renato e alguém mais que me falta à lembrança. Mas a base era esta mesmo.
Pra quem não sabe, o Peninha morreu num acidente de carro, mais tarde. Ele era o mais biruta de todos. Mas também o mais engraçado. Protagonista da famosa “pose cachorral”, na boate Castelinho, em Caraguá, naqueles tempos em que nada tinha muita consequência. É que ele arranjou uma namoradinha lá, na boate, e começou a atacá-la, parecendo um cachorro copulando, prensando a menina numa coluna. Uma cena grotesca, mas muito engraçada, que ficou na memória.
Naquele tempo, anos 70/80, existiam várias regras que seguíamos. E uma delas versava sobre o direito de se sentar na frente, ao lado do motorista, quando se ia a algum lugar. Derivada do termo “peru na frente”, que se dizia quando se queria sentar lá, resolvemos mudar, por sugestão do João, para “Cabra”. Seria outro bicho, mais original.
Chegando perto do carro, antes de se entrar, alguém lembrava antes e gritava “-Cabra!”, e ia sentado lá.
Tinha uma limitação na Cabra. Você, uma vez tendo “cabrado” na ida, por exemplo, não poderia “recabrar” na volta ou numa viagem seguinte. Portanto surgiu o famoso mandamento “Quem cabra não recabra”.
Só que apareceu uma jurisprudência neste procedimento. O Peninha, e alguns outros, recabravam. Nem todos respeitavam a nova lei. Portanto criei um dispositivo de punição para quem recabrasse. Os DIREITOS CABRAIS.
Direitos cabrais eram aplicados pelo passageiro que ia atrás do infrator. Enfiava-se as mãos pelos lados do banco e se apertava o peito do recabrante, que morria de cócegas, pedindo pelo amor de Deus para que parasse.
Portanto cunhou-se a frase, imortal: “Quem cabra não recabra, e, aliás, existem direitos cabrais.”
Existia uma corrente contra os direitos cabrais, no grupo, que defendia outro texto para esta legislação: “Quem cabra não recabra, e, aliás, não existem direitos cabrais.”
Mas que existia, existia. Eu fazia justiça com minhas próprias mãos.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Eu sou normal


“Garota ir ao cinema é uma coisa normal. Mas é que eu tenho que manter a minha fama de mau.”
Nem faz tanto tempo assim.
Nesta letra do Erasmo Carlos, é interessante, não o fato de ele não gostar que ela fosse ao cinema sozinha, mas sim o de ele ter que explicar para quem ouve a música que ela fazer isso é normal.
É didático. Ele informa.
Parece, antes de continuar com uma desculpa esfarrapada para sua insegurança, dar a informação que isto é natural. “Autorizar-se” a mulher a ir ao cinema sem ele. Esta “autorização” é uma praxe. Mas no meu caso, prefiro dificultar as coisas porque sou muito macho. Chego a ser mau, de tão macho que sou. E uma das maldades que pratico é criar caso quando minha namorada vai ao cinema, porque, na verdade, eu fico com medo que ela encontre outro e fuja com ele.
Na verdade, a ”fama de mau” é um disfarce. Devia ser um impostor, que, quando na intimidade, faria ceninhas de ciúme e ela tinha que aguentar. E ele não era apenas um adolescente. Já era bem crescidinho.

Mas... eu gosto dele... Todo mundo gosta... certo? Certo?

E eu fico discutindo com mais esta música, que toca na Globo News, na chamada do programa de comemoração de cinquenta anos de sua carreira. 

E a chamada, como um disco riscado, não pára de passar.