segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Ser goleiro

Félix na Copa de 1.970



Passou a propaganda da caixa, que “explica”: “existe o atacante e o zagueiro: assim são os investidores.”.
E isso me fez lembrar que eu sou goleiro.
O goleiro, a meu ver, tem que ser o capitão do time, como eu fui. 
Ele assiste ao jogo e posiciona os jogadores. Ele incentiva, grita com o time todo:
“-Chuta!”, eu gritava, “-Volta!”, “-Olha a saída de bola!”...
Nas olimpíadas colegiais, fomos campeões. Defendi os pênaltis na decisão. Virei herói.
Nunca irei me esquecer daquele dia, chegando naquele refeitório gigantesco, cheio de alunos, no colégio. Todos me aplaudindo.
Ser goleiro é ser herói por um dia. Ser goleiro é surpreender.
O verdadeiro goleiro é a cabeça do time.

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