Eu não entendo o mosquitinho de fruta que voa ao meu redor, me provocando. Eu não sou fruta (em nenhum sentido), não tenho nenhum atrativo pra ele, e ele insiste em me provocar.
É a vida dele que está em jogo e mesmo assim ele a arrisca por algum capricho que não consigo compreender. Será que passear perto do perigo faz parte de suas necessidades fisiológicas? O seu equilíbrio psicológico acontece vivendo com adrenalina?
Ele provoca.
E o bichinho é rápido.
Tento pegá-lo e ele escapa, feito um raio. Mas é a vida dele versus a minha satisfação em me livrar de mais um mosquitinho, apenas. E ele volta insolente. Rodeia, insiste neste joguinho.
Vá-se embora mosquitinho, eu sou perigo iminente.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
quinta-feira, 11 de julho de 2013
Evolução
007 a domicílio. É o que nos reservou o futuro. Uma
maquininha dentro de nossa própria casa que diz tudo sobre a vida da gente, com
a nossa contribuição. Agora acabo de ver uma notícia no Estadão dizendo que a Rússia
está voltando à máquina de escrever para evitar espionagem.
Numa época em que o vinil tomou força novamente pela sua
qualidade de reprodução ser reconhecida como melhor que a do CD. Numa época em
que só se fala em andar de bicicleta.
Estamos voltando às origens. Na Exame eu leio que nova pesquisa sugere que o aumento de CO2 na atmosfera tem ajudado a impulsionar o crescimento da vegetação em regiões áridas. O deserto virando savana. É o que diz lá.
Enquanto escrevo me policio para não escrever nada comprometedor, porque hoje em dia também precisamos tomar cuidado para não sermos processados. “Politicamente correto”.
Falando em política, se é que não estarei violando alguma lei ou etiqueta atual, chegamos ao ponto de gritar cada um uma coisa, querendo reivindicar tudo que desejamos.
007 a domicílio. O delivery de informação às avessas, nos ajuda a “evoluir” mais um pouco para o bico de pena em pergaminhos ou coisa que o valha.
Logo evoluiremos o bastante para se ter carruagem na porta com cocheiro particular. E os artistas voltarão a saber porque desejam merda uns aos outros na estréia de seus espetáculos: muita merda de cavalo na porta do teatro será novamente sinal de casa cheia.
Preciso desligar. É o FBI batendo à minha porta.
segunda-feira, 10 de junho de 2013
A aposentadoria dos animais
Ah, o Discovery... Viramos “cultos” depois de sua
existência.
Agora discorremos sobre todos os assuntos com autoridade.
Sabemos de tudo, não é mesmo?
Mas não é exatamente disso que estou querendo falar hoje.
Passei pelo canal e parei vendo um puma caçando uma lebre na
neve. Bonita cena, coisa e tal. Logo veio à cabeça: Quando ele fica velho e não
corre tanto, como será que ele faz? Será que seus filhos trazem comida pra ele?
Será que ele muda a sua dieta na velhice? Afinal de contas ele tem que correr
atrás da comida. Literalmente.
Então ele começa a comer capim, cenouras, rabanete com alho
porró?
No caso deste puma do Discovery talvez até pudesse ter uma
solução: Ele enterraria muitas lebres na neve, bem escondidas, pra comer
depois. Lá é gelado, não é mesmo?
Quando ele estivesse ficando mais cansado, com dor nas
juntas, ficando tonto quando levanta, sabe? Um puma meio velho mesmo. Daí ele
comia estas deliciosas lebres na velhice, descansando assistindo elas passarem,
como quem vê TV.
Quem sabe como quem assiste
ao Discovery Channel.
segunda-feira, 18 de março de 2013
O dia-a-dia
Acabei de comer uma banana maçã. Fico pensando se a
nomenclatura de tudo seguisse o mesmo critério de laranja pera, banana nanica,
banana prata... Seria uma forma de explicar melhor as coisas no dia- a dia.
Veja o peixe boi, por exemplo. O macaco aranha. Em inglês, a
horseshoe ( ferradura ), literalmente sapato de cavalo.
Quem conhece o sapatênis? Este nome pra mim é um dos piores.
Porta-cartão não deixa de ser engraçado. Fico imaginando como seria esta porta.
Escrito o nome da empresa, nome do funcionário, telefone e endereço. Ah, e o
site.
O alto-falante, aquele cara de 1,90m muito tagarela, sabe? Os
anos-luz, aqueles tempos do Iluminismo? O bate-boca. No que a boca iria bater? Seria
perto do bate-papo? Isso daria numa saia-justa, eu acho, se fosse o caso de se
encontrar uma dama de ferro.
O leão de chácara. Este é engraçado. Mas define bem o cara
que ficava na porta da boate. Não consigo deixar de visualizar a chácara que
ele toma conta.
Era seu ganha-pão. Seria este uma fruta-pão?
Daí voltamos ao início deste pequeno raciocínio.
domingo, 3 de março de 2013
Quase paráfrase
"Contei
meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a
frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas. As
primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói
o caroço." Mario Coelho Pinto de Andrade (1928-1990).
Contei
meu saldo e descobri que terei menos dinheiro para viver daqui para
frente do que preciso. Tenho muito mais passivos do que ativos. Sinto-me
como aquele menino que recebeu uma bacia de contas. As primeiras ele
pagou displicente, mas percebendo que faltam muitas, rói as unhas.
Arnaldo Giacomo.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
O lobo mau e a jardineira
Vem chegando o carnaval. E com ele a memória das marchinhas
e músicas desta época do ano, que atrapalha quem trabalha e ajuda quem quer se
divertir.
Uma destas músicas, a da Camélia, suscita algumas reflexões.
Vejamos:
A Jardineira
Oh! jardineira porque estás tão triste? - Estranho
este interesse tão grande na jardineira, eu diria.
Mas o que foi que te aconteceu? -
Parece-me redundância repetir a pergunta, mas tudo bem.
Foi a camélia que caiu do galho,
Deu dois suspiros e depois morreu. – A jardineira, na boa fé, responde sobre sua tristeza (A Camélia deu dois – nem cinco, nem alguns, exatamente dois suspiros.)
Deu dois suspiros e depois morreu. – A jardineira, na boa fé, responde sobre sua tristeza (A Camélia deu dois – nem cinco, nem alguns, exatamente dois suspiros.)
Vem
jardineira! Vem meu amor! – Vem fazer o
quê?? Como assim meu amor? Que intimidades são essas?
Não
fiques triste que este mundo é todo seu. –
O cafajeste cheio de más intenções tenta iludir a jardineira com um argumento
pouco convincente para que não haja luto. O que será que ele quer dizer com o
mundo ser todo dela?
Tu és
muito mais bonita
Que a camélia que morreu. – E logo suscita uma possível disputa entre a jardineira e a Camélia, envolvendo inveja, ciúmes e vaidade, continuando a influenciar a coitada da jardineira negativamente, para que ela esqueça Camélia e caia na folia com ele, achando que a beleza é a coisa mais importante do mundo. Como se ela ser mais bonita que a Camélia fosse motivo para isso. Será que a jardineira caiu nesta conversinha fiada?
Que a camélia que morreu. – E logo suscita uma possível disputa entre a jardineira e a Camélia, envolvendo inveja, ciúmes e vaidade, continuando a influenciar a coitada da jardineira negativamente, para que ela esqueça Camélia e caia na folia com ele, achando que a beleza é a coisa mais importante do mundo. Como se ela ser mais bonita que a Camélia fosse motivo para isso. Será que a jardineira caiu nesta conversinha fiada?
E a música fica martelando em nossa
cabeça mesmo depois do carnaval acabar.
domingo, 27 de janeiro de 2013
Escrito às 16:10h
Quem é que não sabe as horas, hoje em dia?
Numa era dos celulares e seus amigos, os tablets, etc., um
reloginho está sempre presente em suas telas.
Quando pego um de meus relógios de pulso, fico me
criticando, porque hoje em dia, usá-los, é pura vaidade.
Quando Santos Dumont prendeu um relógio ao próprio pulso (se
não me engano um Cartier), ele era “um homem que passava grande parte do tempo
dirigindo máquinas voadoras ou trabalhando em projetos. Isso era um problema
grave”. Não era prático.
"Santos Dumont pediu para que Cartier achasse uma saída para
essa limitação. Algum tempo depois, o joalheiro presenteou o aviador com a
solução que havia encontrado: O protótipo de um dos primeiros relógios de pulso
masculinos, que recebeu o nome "Santos"."
Os relógios de bolso, muito charmosos, diga-se de passagem,
começaram a encontrar sua extinção.
Hoje estão voltando à moda, nestes modernos equipamentos
eletrônicos de bolso.
Falta apenas a correntinha presa a eles.
Logo chegamos lá e voltamos às origens.
Eu não vejo a hora.
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