quarta-feira, 27 de abril de 2011

Minha tia Mariinha

O Branco era um pangaré como este.





Eles tinham um sítio em Valinhos. A Mariinha e o Mingutinha. Pais do Renato e da Paola.

Eu sei que todo final de semana estávamos lá, no sítio deles. Os cavalos Suíte, Apolo Guel, Piquira, Pirica, Branco, um branco, Preto, um preto, Babieca, Mustangue, a Mula, o Burro, a Estrela e o Cacique, um pampa, fizeram aquela história.

O Branco só funcionava direito quando meu pai ou algum adulto montava. O Suíte era venerado pelo meu avô, o Minguta (Domingos). A Mula era forte, o burro também.
A Babi economizava pata quando corria – nunca queria galopar, era impressionante. Tinha uma reta em que eu ia e ela virava e me jogava no chão. O Apolo parecia um gigante com o Renato em cima, cavalo fogoso e bonito.

Cacique era meio pangaré, mas bonito. A Estrela morreu jovem, picada por uma cobra. A gente a visitava no “cemitério”, um lugar que ela escolheu para morrer.

Tinha a lenda do “Berto”, filho do seu “Dito”, capataz, que viu o Burro corcovear de madrugada, no taquaral, depois de morto.

A gente brincava de duelo no páteo, sobre estes pangarés, com as portas do Dodge abertas, tocando Aranjuez no último volume...

A Mariinha atrás do Renato e da Paola, no meio do mato, com Toddy pra eles tomarem, era uma graça. Mãe dedicada, tia doce, que, quando ficava comigo eu chamava de “mãe aliás”, porque eu gritava “mãe!” e me corrigia, “aliás, tia!”, de tão gostoso que era ficar com ela.

Ela cuidava da gente, cuidava de todos naquele sítio que mais parecia o Paraíso.

Sempre doce, esta tia. Um sítio daqueles só podia ser dela.

Ou ela que era do sítio, sei lá. Ela era da gente.

“Mãe aliás”, heroína do dia, que saudade de você.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Facebook – um ensaio para FaceGod

 Minha cerveja.

Eu e minha cerveja lembramo-nos de nossa primeira crônica: O dia em que a Terra andou.

O assunto me fascina, e, para mim, ainda não se esgotou.

Quando vi o falecimento de um quase tio, o Senhor José, o Coelho, realizei: faz bem saber que deixamos a paz. Deixamos legado, deixamos amor, justiça, verdade.

Lembrando daquela primeira crônica, que diz algo sobre um estado post mortem, julgamentos e aceites, recusas, parei. Pensei. O assunto vai mais longe.

Quando o nosso papel se torna importante para nós mesmos, torna-se essencial. Um papel que transcende a própria vida. Que encara a morte e descobre-se maior, mais elevado. E a vontade de se estar de bem com a humanidade, com os humanos que nos circundam. Mas não por querer transparecer para eles, vocês, amigos.

Sim, para nós mesmos. 

Nosso ser. 

Nosso legado.

Quase a cebola do bacalhau de amanhã queima toda. Corri lá, baixei o fogo, coloquei a azeitona, fotografei e voltei.

Falando em legado me lembro do Facebook.

Face God. Encarar a Deus. 

Cara limpa.

O legado.

Quando aconselho as pessoas a proteger a família, deixar seus legados, estou sendo sincero. 

Quando tento ensinar o que aprendi em finanças, a guardar dinheiro oferecendo boas ferramentas, planejar futuro, estou sendo sincero. 

Quando escrevo, cozinho, estou sendo sincero.

Face God with me. 

Saúde.

Com ou sem nossa cerveja, sejamos puros até nosso Amanhecer.

A cebola do bacalhau

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Macarrão nada em casa - vulgo "Dust"

Foto do maca no dia seguinte, coisa que não pude deixar de repetir.


Ontem começou a chover as sete e meia, mais ou menos.
Eu estava com fome e a varanda iria atrapalhar a passagem. O chão com pó xadrez, secando. Era melhor não sair de casa.

Recordei-me de quando fazia “Dust”. Era quando do pó surgia algo gostoso pra comer. Os amigos adoravam estas receitas. Requeriam criatividade, mas era divertido demais.

Olha aqui, olha ali, percebi uma receitazinha simpática: Macarrão integral, alho moído de potinho, dois ovos, um restinho de salsinha, azeite, queijo ralado, requeijão light e pimenta do reino.

Cozinhei o macarrão. Quando estava para ficar pronto, comecei a fritar o alho no azeite. Depois coloquei o maca neste alho pulante na panela e os fritei um pouco.

Quando estavam chiando bem alto, coloquei os dois ovos misturados com a salsinha e fritei ao ponto que gosto.

Servi com o requeijão, o queijo ralado, mais azeite e um toque de pimenta do reino moída na hora.

Quando não tiver nada em casa, só essas coisas, faça.

Fica demais. Eu garanto.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Um Senhor José



Um homem robusto. Mãos grandes. Cabelo prateado, para o lado, sempre elegantemente.

José Maria Coelho. Empresário, pai, um senhor, repito, elegante.

Os filhos, amigos.

Por trás deste grande homem uma grande mulher. Não incomoda usar o clichê quando é verdadeiro.

Um totem.

Sua história transparecendo nos filhos, na esposa. Um homem de realizações.

Uma aparência discreta, apesar da aparência de um gigante educado, discreto.

Este foi o pai do João “Grandão”, filho dele, da Fernanda, do Antônio e do Zé.

Gente humilde e grande, gente grande. Gente boa. Gente.

Até onde sei “dona Cida”, uma professora do saber viver, se alimentar. Dona Cida, esta mulher elegante que amava o gigante, este José.

Aprendemos tanta coisa, que ele ensinava indiretamente...

Sr. José. Lembro de sua mão estendida através de seus filhos. De palavras, ensinamentos.

Lembrando de meu pai querido, entrego o mesmo amor à sua memória.

Acorde com Deus. O nosso Jesus. Amém.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Taiu: Um espírito musculoso



SITE DO TAIU BUENO:

http://www.taiubueno.com.br

O enigma: turn on the Light, please.


Pra quem gosta de Pepsi Twist Light, é inexplicável.

O melhor refrigerante que se vende hoje em dia. Sem açúcar. Muito bom.
Deve-se imaginar que a Pepsi busca uma fatia no mercado com ele cada vez maior.

Eis a questão: Por que vive faltando?

É impressionante. Quando chega aos supermercados, eu já compro dois pacotes. É a demanda reprimida. Muita gente querendo e pouco produto na prateleira.

Seria normal se isso ocorresse uns meses e depois parasse.

Acontece que já faz uns 3 anos que é assim. Bobeou tá faltando. Vai entender.
Dá vontade de sugerir o slogan “Nunca tem porque vende pouco ou vende pouco porque nunca tem?” Seria uma alusão ao da Tostines, do Enio Mainardi, das antigas: 
“Tostines vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais?”, só que ao contrário.

Esta dissonância cognitiva com o produto dá nisso. 

Três anos ou mais para resolver um problema de distribuição.

Queria falar bem, pois é muito bom. 

Vamos lá: é muito bom. Quando tem.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Uma pequena aula.


Quando um gênio entra em cena a humanidade se cala.

Copacabana cala, o mar se cala.

O asfalto se cala. Junto com matemática. Com  retas e paralelas. 

Esquecem-se os cálculos.

Triângulos isósceles, triângulos retângulos. Os triângulos, os triângulos e seus graus obtusos.

Com As paralelas concordo sem fazer paralelos. O gênio nasceu aqui.

Chega. Deixa tocar. Deixa tocar. Que toque de novo.

Vamos ouvir com respeito.

Paro de andar em círculos. 

Calo também. 

Já falei demais.

As idéias e o dinheiro.