segunda-feira, 14 de março de 2011

Minha tia Rosa


Um pouco de Erva Doce.

Tanto matutando para saber de onde vem aquele sabor da minha família e a tia Rosa sabia.

1980. Sal, açúcar & companhia. Uma rotisseria da tia Sônia. A Rosa também estava lá. Na Manoel da Nóbrega, em frente ao Exército.

Saía carne, saía massa, saía molho. Saía doce. Na vitrine as coxinhas que eu, que ficava no balcão, comprava. Todas. Confesso que me esquecia de anotar todas elas, é verdade. Comia com gosto, funcionário-cliente exemplar.

Sua alma era a Rosa, esta minha tia.

Eu ficava atrás dela, “tia, como faz isso? como faz aquilo?” Sábia Rosa, esposa de meu padrinho, irmã de meu pai, que assumiu o cargo de “padrinha”, esta tia deliciosa, a tia Rosa.

Voltando ao ponto, eu queria entender: tia, de onde vem este sabor do molho de tomate, que faz tudo mudar, faz a vida ter sentido?

- Erva Doce, Naldo, a culpa é da Erva Doce.

Quem diria.

Por esta e por outras, a tia Rosa, dona dos melhores segredos, é a heroína do dia.


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